QUANTO MAIOR A LUZ, MAIOR A SOMBRA
A partir de 2015 comecei a me interessar por ilusões opticas, principalmente as com luz e cor.
Paralelamente já ia aprendendo a fazer animação em stop motion como pesquisa pessoal.
Em 2018, ao me deparar com a possibilidade de desenvolver um TCC em design grafico, resolvi unir essas dois interesses, que foi quando comecei a estudar musica visual, e a criação da imagem animada e projetada no ato, em formato de performance visual.
Criei um projeto de meia hora onde projetava em uma instalação de cinco clipes de musica que desenvolvi visuais a partir de minhas pinturas. Esse foi o inicio de uma pulsão que depois me desenrolou a experimentar diversas formas de projeção em fachadas por São Paulo por pura curiosidade e entretenimento. Nessa brincadeira, passei a desenhar nas fachadas no próprio ato através do projetor, e me encantei com o processo e o resultado. Semelhante ao desenho livre, é sobre observar o espaço, interagir com ele e criar ilusões fantásticas. A partir disso passei a convidar pessoas que interagissem comigo e com o espaço simultaneamente, fazendo desenhos conjuntos, ou servindo como superfície.
Meu projeto de animação costuma ser bem visceral, e dentre as imagens existe pouco planejamento e muito sentimento e introspecção. Dentre os programas, atualmente uso principalmente o After Effects e o Resolume Arena.
Já as luminarias...
Interessada em vitrais, achei uma maneira de pintar em vidro, e quando idealizei essas pequenas projeções analógicas em 2017, não imaginava que acabaria retomando com tanta vontade agora, em 2020. Nesse momento já estou com mais algumas em desenvolvimento, a pesar de serem pinturas estáticas, o movimento vem através da movimentação da lampada, que acaba trazendo uma ilusão optica sem a necessidade de um projetor.
Elas acabam trazendo um conforto colorido.

Filmagens realizadas entre 2018 e 2020 abordando diversos
experimentos de projeção digital com diferentes projetores.
Música: Dean Town- VULFPACK